Campeonato Brasileiro 2016

Agora é fácil falar

Não existe sequer um torcedor que goste de ver seu time afundar para poder dizer… Eu avisei…

Por mais críticos e chatos alguns torcedores pareçam ser; com alguns jogadores, treinadores, ou até mesmo com essa diretoria, o intuito sempre é o mesmo: querer ver o Flamengo grande, conquistando títulos.

Posso falar por mim, torcedor assíduo, de ir a estádios desde os meus tenros anos de vida, de pesquisar, me informar, gastar grana só pra ligar para Federação de Futebol da Turquia, apenas para saber se Diego tinha conseguido a liberação do contrato. Quero sempre o melhor para o Flamengo, igual a 100% de toda nossa torcida. E não sei mentir, ou omitir o que penso, em troca de favores, ou presentinhos, daí o blog e o canal se chamarem VERDADE EM VERMELHO E PRETO.

Mas hoje, depois da 5ª eliminação no ano (1ª Liga, Carioca, Copa do Brasil, Sul Americana e Brasileiro – sem contar o campeonato amistoso de pré-temporada), sou obrigado a dizer: “Nós avisamos.”.

Avisamos que jogadores do naipe de Márcio Araújo, Gabriel, Cirino e Fernandinho, não poderiam ser opções no Flamengo, nem para o banco.

“Time não pode ter jogador ruim, porque o jogador bom machuca, é suspenso, e ele acaba jogando…” já diziam os antigos mestres do futebol.

Mas aqui optamos por trazer Chiquinho como reserva do excelente Jorge e adivinhem, ele jogou.

Trouxemos Cuellar, que até chegar ao Flamengo, jogava em todas as seleções da Colômbia. Havia chegado a seleção principal ainda há pouco, jogava do lado de craques como James Rodriguez e Quadrado. Mas para o Fla ele não serviu.

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Subimos o campioníssimo e excelente jogador Ronaldo. Jogador classudo, que joga de cabeça em pé. Seu estilo de jogo lembra muito o de Falcão, Cerezo, mas por algum motivo, não serviu para o Fla.

E o que serviu, foi o combalido Márcio Araújo. Jogador de nenhum título de expressão na carreira, odiado 100% por todas as torcidas pelas quais defendeu e que, de uma hora para outra, virou primeiro volante, função que jamais havia desempenhado na carreira. Mas assim foi. E não se pode criticar o coitado do Marcinho, porque sempre aparecem aqueles que vem com as desculpas:

  • Criticar jogador só atrapalha / Não é só ele que erra / Ele corre o tempo todo

Por essa mentalidade, o tivemos por titular durante todo o ano, cometendo erros, atrás de erros, que sempre eram justificados e ignorados, devido a meia dúzia de boas intervenções que faz, vez ou outra.

Cirino, há 2 anos no Flamengo, não mostrou a que veio. Jamais chegará ao patamar de Zico, como declarou que pretendia ao ser contratado. Sequer chegará ao patamar de Carlos Eduardo, que por pior que fora, conseguiu um gol importante na Copa do Brasil. Mas ainda assim, o vimos como primeira opção em detrimento, dos selecionáveis Paquetá e Thiago Santos.

portedezico

Mas o Flamengo resolveu o problema, trazendo o potente Fernandinho. Jogador que estava encostado no Grêmio, dispensado por São Paulo e Atlético MG.

Gabriel foi crescendo no conceito do treinador Zé Ricardo, que assumiu o time no final de maio, quando Muricy deixou o clube.

Muitos dizem que ele faz um treino melhor que outro, que “mata a pau”, por isso goza da confiança de toda a comissão técnica. Adryan, Paquetá, Thiago Santos, certamente não conseguem chutar uma bola sequer, pois já vimos que Gabriel é um exímio finalizador.

Não pessoal, a base não é a salvação da lavoura, mas poderia ter sido melhor aproveitada, querem ver só?

Todos ficamos abismados com o que jogou Thiago Santos contra o América. Chamou atenção de toda imprensa, com várias matérias em vários portais, sendo feitas sobre o “moleque”. E o que aconteceu no jogo seguinte? Nem no banco ficou.

Aliás, como monta mal o banco, esse Zé Ricardo.

Sempre temos os mesmos. Os torcedores já sabem o banco de cor: Sheik, Cirino, Fernandinho, Chiquinho, Alan Patrick…

E o pior, todo mundo sabe as alterações que serão feitas no segundo tempo. Estejam bem ou mal, sempre saem os pontas para as entradas de Sheik, Cirino e Fernandinho. Vez ou outra Zé surpreende colocando o Sheik.

A soma de tantos jogadores medianos, não poderia resultar em outros resultados, aliás é surpreendente o Flamengo ter chegado tão longe.

Mas qualquer crítico, qualquer analista de futebol, que desse um passo para trás e analisasse com o mínimo de frieza, conseguira enxergar todos os defeitos do time de Zé Ricardo e Jayme de Almeida.

A verdade é que este time foi sendo carregado por seu torcedor a cada rodada deste campeonato e a empolgação das arquibancadas, mais uma vez fez a diferença.

Mas em campo tínhamos jogadores que, apesar de honrar o manto, com muita vontade, muita raça, eram limitadíssimos tecnicamente.

Não se discute raça e vontade de Márcio Araújo, nem de Gabriel, menos ainda de Fernandinho, todos se entregam em campo. Mas são ruins, são medianos, são jogadores de times pequenos, não jogadores para o MAIOR TIME DE FUTEBOL DO MUNDO.

E a carência da torcida, é uma arma carregada, brincando de roleta russa com o Flamengo. Ao pedir ou aceitar jogadores como Keno, Marinho, o torcedor gira o tambor da arma e encosta na própria cabeça, torcendo para não ter errado, quando apertou o gatilho. O problema é que a arma quase sempre vem disparando na nossa cabeça e explodindo jogadores fracos em campo.

A dor que consome cada um dos torcedores do Flamengo hoje é única. Porque cada torcedor, independente das escolhas, sempre acreditou no time e sempre fez a sua parte. O sócio torcedor, só cresce, os estádios por todo país, sempre estiveram cheios, mas em campo, o Flamengo nunca teve time para disputar o título.

E a diretoria, ao saber de tudo isso e ser condizente, deixou para este momento, a oportunidade sanguínea do torcedor dizer: “Eu avisei!”. Mesmo sofrendo, mesmo de coração partido, mesmo sangrando por dentro.

E por isso, só por isso, agora é fácil falar…

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